segunda-feira, 29 de março de 2021

A favor da Amazônia, bancos e entidades católicas pressionam Bolsonaro



Em 29 de março de 2021, um grupo de quase 100 instituições católicas, lideradas pela Comissão Especial de Ecologia Integral e Mineração da Conferência Episcopal Brasileira (CNBB), a rede católica internacional Global Catholic Climate Movement (GCCM) e  Banco da Igreja Católica Alemã  Bank für Kirche und Caritas (BKC) enviaram uma carta ao presidente Bolsonaro e ao vice-presidente general Mourão e com reivindicações claras para proteger a Amazônia e os povos indígenas que vivem lá.

Pedem um plano concreto contra desmatamento e proteção de povos indígenas. Pela primeira vez  investidores católicos se unem para exercer esse tipo de pressão internacionalmente, motivados pelo aumento do desmatamento, queimadas, crimes ambientais e violações dos direitos indígenas.

Em entrevista para a agência alemã Deutsh Welle (DW), Tommy Piemonte, da instituição financeira católica alemã Bank für Kirche und Caritas (BKC), disse: "Como investidores, nós estamos usando os meios possíveis para exercer pressão contra a destruição da Amazônia e de seus povos tradicionais". 

"Se não houver mudanças, vamos retirar nossos investimentos e cancelar potenciais investimentos futuros", afirma Piemonte. "Somos quatro bancos que têm muitos clientes, inclusive outras instituições católicas", complementa, mencionando o Bank im Bistum Essen, Pax-Bank Köln e Steyler Ethik Bank, que também assinam a carta.

Também em entrevista à DW, Dom Vicente de Paula Ferreira, secretário da Comissão Especial de Ecologia Integral e Mineração da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, diz que "É muito difícil o diálogo" com o governo. O Bispo acrescenta, que a CNBB tem um assento no Conselho Nacional de Justiça e mantém conversas com a Câmara de Deputados, senadores e comissões, como a de Meio Ambiente. "Há instâncias que estão abertas ao diálogo. Mas com o presidente é mais complicado, porque a pauta dele é totalmente contrária ao que pensamos." 

Leia na integra a carta:







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