sábado, 5 de novembro de 2011

Em busca de um milhão de assinaturas contra o novo Código Florestal

Este é o objetivo do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável: reunir pelo menos um milhão de assinaturas para dar maior voz aos protestos contra a aprovação do novoCódigo Florestal (PLC 30/2011). A votação do projeto no Senado está prevista para ocorrer no dia 22 deste mês.

Lançado em junho deste ano, o Comitê formado por mais de 160 organizações da sociedade civil estámobilizando os brasileiros a se manifestarem contra o projeto. Esse Comitê prima por uma lei que garanta a conservação e o uso sustentável das florestas, trate dignamente os agricultores familiares e as populações tradicionais, garanta a recuperação florestal das áreas ilegalmente desmatadas, reconheça e valorize quem promove o uso sustentável, contribua para evitar desastres ambientais e que acabe com o desmatamento ilegal.

Em diversos estados, incluindo o Rio Grande do Sul, diversas frentes estão sendo organizadas e realizadas tendo a finalidade de barrar a aprovação do novo Código Florestal. Para fomentar a coleta de assinaturas, o Comitê Gaúcho irá realizar amanhã (dia 6), às 14 horas, uma divulgação mais intensa da campanha no centro de Porto Alegre. A iniciativa será realizada na57ª Feira do Livro, na Rua dos Andradas. Os interessados pela causa podem participar divulgando a campanha e coletando assinaturas.

O documento do abaixo-assinado está disponível para download, devendo ser enviado para: Caixa Postal 6137, CEP 70740-971, Brasília-DF. Acesse também o site do Comitê Brasil e saiba outras formas de envio das assinaturas.

Entenda o que está em jogo com o novo Código Florestal

Instituto Humanitas Unisinos – IHU, sabendo da necessidade de um debate dialógico acerca das alterações propostas, vem publicando diversas notícias e entrevistas a respeito do tema.

Em entrevista à IHU On-LineFrancisco Milanez afirma que a proposta de um novo Código Florestal visa anistiar crimes ambientais. Segundo cientistas, a proposta de mudanças no Código Florestal brasileiro pode levar mais de 100 mil espécies de animais à extinção, além de aumentar as emissões de gás carbônico na atmosfera. De acordo com o ambientalista, seria muito ruim “para um país que sempre se orgulhou de não ter essas destruições naturais que conseguíssemos, através da nossa burrice, começar a construir esse tipo de perda”. 

Dieter Wartchow e Ricardo Ribeiro Rodrigues, também à IHU On-Line, relatam a desinformação que envolve o projeto e o debate a respeito. “A proposta de alteração do Código Florestal, em seus vários itens, não está circunstanciada em dados já disponíveis na ciência. Esta é uma crítica que está sendo feita pela Academia Brasileira de Ciência”, afirma Rodrigues. Para Wartchow, na “abordagem natural usada nas discussões em torno do Novo Código Florestal, falta harmonia, conhecimento sistêmico e sobram dispersão e desinformação”. 

De acordo com Carlos Eduardo Young, o Brasil “não terá ganhos econômicos com a aprovação das alterações do Código Florestal”. Para o pesquisador, as mudanças apresentam equívocos e um deles se refere à ideia de que o desmatamento gera crescimento econômico.


Fonte: IHU

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