sexta-feira, 12 de outubro de 2012

OS QUATRO SEM TETO PRESOS FORAM TRANSFERIDOS DA DELEGACIA PARA PRESÍDIO EM UBERLÂNDIA.


Entenda o que houve. Na manhã dessa quinta-feira (11), a CEMIG, com o apoio da Polícia Militar, fez o corte de ligações de energia, utilizadas por 2.200 famílias, na região do campus do Glória da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que foi ocupada em janeiro deste ano. Durante a tarde, mais de 400 integrantes do Movimento Sem Teto Brasil (MSTB) entraram na sede da CEMIG, no bairro Aparecida.
Houve negociação com representantes da companhia energética por cerca de duas horas e foi acordado que duas ligações seriam refeitas. Elas vão custar R$ 492 cada uma ao movimento e serão feitas temporariamente por 15 dias em duas residências na rua Chapada dos Guimarães. Ficou acordado também que a religação seria feita até as 18hs, de ontem dia 11, bem como a CEMIG pediu que os sem teto instalassem disjuntores em dois pontos e deixassem a fiação pronta entre o poste e
 o acampamento. Contudo a CEMIG não cumpriu o trato e não apareceu. Por volta das 20 horas os sem teto decidiram deixar pronto o serviço combinado com a CEMIG e esperar somente a religação. Neste momento em que iam instalar os disjuntores  chegou a Polícia Militar de Minas Gerais, sem nem mesmo dialogar, e prendeu quatro sem teto.
Desde fevereiro os sem teto solicitaram a regularização, por parte da CEMIG, do fornecimento de energia elétrica, e nunca obtiveram resposta. No acampamento existem milhares de crianças, muitas deles necessitam de usar inalador, mais de 50 pessoas com diabetes e uso diário de insulina, mulheres grávidas e crianças recém nascidas.
A ação da CEMIG foi um atentado contra a dignidade humana dessas famílias e a Policia Militar agiu de forma intransigente e sem diálogo. É a resposta covarde do Governo Anastasia, e das forças contrárias aos sem teto, à grande derrota que sofreram nas eleições em Uberlândia. Não interessa ao governo do Estado de Minas Gerais e ao governo municipal derrotado em Uberlândia, que essas famílias sejam assentadas. Os sem teto presos são o sinal de como são tratados os conflitos sociais.
Foto do Jornal Correio de Uberlândia

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