terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Mudemos o Sistema e Não o Clima!

Iniciou hoje, 8 de dezembro, o evento paralelo à 20a. Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP20). A Cúpula dos Povos Frente às Mudanças Climáticas, com o temaÇ Mudemos o Sistema e Não o Clima. Estão sendo abordados questões relacionadas com a gestão sustentável da terra e dos ecossistemas, financiamento e transferência de tecnologia, as mulheres e sustentabilidade.

O clima do planeta está se desestabilizando e em crise devido ao modelo de desenvolvimento, que tudo transforma em mercadoria, sob o controle de grandes empresas transnacionais.

A cúpula tem criticado as falsas soluções que estão sendo discutidas discutidas pelos 190 países que participam do encontro oficial da ONU, a COP20. Uma dessas falsas soluções é no campo da agricultura. Os países mais ricos estão com uma nova estratégia, que estão chamando de agricultura inteligente. Se trata de uma proposta complicada, porque grandes corporações são as responsáveis por produzirem essa agricultura que seria inteligente e, que segundo eles, não provocaria emissão de gases. Mas na realidade não existe um mecanismo ou as bases do que seria essa nova agricultura. Se trata de mais um termo forjado, pelas corporações, para continuarem seus lucros. Muitas das emissões de gases pela agricultura são causadas pelos métodos de produção industrial agrícola e pelos padrões de consumo dos países ricos.Essa é uma falsa solução. 

Para combater as mudanças climáticas, são necessárias  ações reais, que modifique o atual modelo de produção agrícola, que é ao invés de falsas soluções”.

Um informe publicado hoje durante as negociações das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas expõem que as empresas multinacionais, como Anglo American, minam importantes políticas sobre o clima e promovem falsas soluções, e assim, lucram com a crise climática. 

A Anglo American lucra com as falsas soluções para a crise climática como o comércio, a captura e o armazenamento do gás carbônico, o que beneficia as grandes empresas e não as pessoas e o ambiente, de acordo com esse informe publicado por Amigos da Terra Internacional (ATI), Observatório Europeu de Corporações (CEO) e Transnational Institute (TNI).

No Brasil a Anglo American têm destruído os lugares por onde passa. O seu mineroduto Minas- Rio corta cidades e comunidades dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro para levar minério de ferro misturado com água até o porto e exportar para a China, causando escassez e poluição das águas, num contexto de seca e falta de água, somado a sérios impactos sociais. Na semana passada, a comunidade do Turco paralisou a estrada MG 10, próximo ao distrito de São Sebastião do Bom Sucesso em Minas Gerais, como forma de protesto contra o impacto das obras do mineroduto da Anglo American sobre suas moradias.

Os debates continuarão até o dia 11.


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