sábado, 19 de março de 2016

A luta continua, na cidade e no campo ...

Ocupação sem-teto  foto MTST
Na madrugada do dia 19 de março, sob o eco das ruas e grito de não vai ter golpe, em defesa da democracia, 400 famílias do MTST, ocupam uma área de terra urbana, abandonada há 40 anos. 

O dia 18, também, amanhecera com outra ocupação, a de 4500 pessoas do MST numa fazenda de envolvidos na operação Lava Jato, no Paraná. 

O avanço da direita se combate lutando.

Ocupação sem-terra foto MST
O dia em defesa da democracia e contra o golpe, dia 18 de março,  iniciou com cerca de 4500 pessoas do MST ocupando a Fazenda Santa Maria, em Santa Terezinha de Itaipu, região oeste do Paraná, para denunciar o desvio de recursos públicos e reivindicar à área para a reforma agrária. Segundo o MST: “A fazenda ocupada pelos Sem Terra pertence aos irmãos Licínio de Oliveira Machado Filho, presidente da Etesco, e a Sérgio Luiz Cabral de Oliveira Machado, ex-presidente da Transpetro, ambos envolvidos no desvio de dinheiro público na Petrobrás, citados nas delações do doleiro Alberto Youssef e do lobista Fernando Moura, durante as investigações da Operação Lava Jato, da Policia Federal.” (Pagina MST)

Durante esse dia 18 de março as manifestações reuniram mais de 1 milhão e 350 mil pessoas, por todo o Brasil

Na madrugada do dia 19 de março, cerca de 400 famílias, organizadas pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), ocuparam um terreno na Cidade Tiradentes, zona leste de SP. Se trata de área abandonada fazem 40 anos, localizada em uma Zeis (Zona Especial de Interesse Social). O MTST também comunica que a ocupação é uma resposta “à direita que prepara um golpe contra a democracia”. 

A democracia se defende construindo a justiça, o direito, a dignidade das pessoas, a defesa dos bens comuns e do meio ambiente. Na Encíclia Laudato Si', Papa Francisco reflete: «Não há duas crises separadas, uma ambiental e outra social, mas uma única e complexa crise sócio-ambiental».

O Papa Francisco falando ao movimentos sociais, em outubro de 2014, em Roma, afirmou a necessidade de empenharmos pelos chamados três “Ts”, dizendo: «Digamos juntos, de coração: nenhuma família sem teto, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhuma pessoa sem a dignidade que o trabalho dá», declarou, perante trabalhadores precários e da economia informal, migrantes, indígenas, sem-terra e sem-teto, juventude e seus movimentos. E acrescentou: «Terra, teto e trabalho, aquilo por que lutam, são direitos sagrados. Reclamar isso não é nada de estranho, é a Doutrina Social da Igreja».
Frei Rodrigo Péret, ofm

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