segunda-feira, 21 de maio de 2018

Mais um passo na luta dos atingidos pela mineração de diamantes no Zimbábue

A mineradora de diamantes ZCDC aceita reunir com a população  atingida e discutir as  violações de direitos humanos e a questão do isolamento imposto aos que  vivem  na região de Marange, no Zimbabue. A seguir o informe do Centro de Governança de Recursos Naturais - CNRG*, que luta junto com os atingidos por direitos e contra os impactos da mineração de dimantes naquel país.

Após a demonstração de 23 de abril, dos atingidos pela mineração de diamentes, na região de Marange, no oeste do Zimbábue, a Companhia de Diamantes Consolidados do Zimbábue (ZCDC), empresa estatal de mineração de diamantes em Marange pediu a uma reunião  (Indaba) para discutir a situação de segurança naquela região.  Essa questão faz parte das reivindicações levantada pela comunidade de Marange em uma petição apresentada conjuntamente com o CNRG, em 2 de março. A reunião proposta envolverá importantes ministérios do governo, especialmente os do setor de segurança, que têm um papel de garantir a segurança em Marange.

Essa decisão de se reunir foi revelada ao pessoal do CNRG pelo Conselho e Diretoria do ZCDC em uma reunião realizada na sexta-feira 10 de maio, nos escritórios da ZCDC, em Harare. Na reunião, o CEO da ZCDC, Sr. Mpofu, disse que tomou nota das três principais demandas do CNRG que ele reconheceu serem muito consistentes:

1. Retirada de Marange da Lei de Locais e Áreas Protegidas. O governo deve encontrar formas de proteger os campos de diamantes sem aprisionar toda a comunidade.
2. Fim do uso da violência e da tortura como punição aos garimpeiros
3. Desenvolvimento tangível em Marange

Autoridades da ZCDC disseram que, embora o item 1 esteja dentro do alcance do governo, a empresa está analisando seriamente os itens 2 e 3, das demandas, acrescentando que a ZCDC lançou uma proposta de investigação privada para sobre as alegações de violência e tortura por guardas de segurança do ZCDC.

Eles também pediram ao CNRG que apresentasse uma proposta para melhorar a segurança em Marange sem nenhum dano colateral na comunidade.

O CNRG recebeu com satisfação a oportunidade de discutir a situação de Marange com a Diretoria e o Executivo da empresa e recomendou que a reunião em 2 de junho abra espaço para que a comunidade afetada fale abertamente e também faça recomendações sobre o caminho a seguir.


É nossa sincera esperança que a reunião ofereça o tão necessário alívio ao povo de Marange e forneça uma solução duradoura para os desafios de segurança na área.

CNRG é membro da Rede Diálogo dos Povos

Fonte: CNRG (Farai Maguwu)

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