quinta-feira, 28 de março de 2013

Crítica à economia verde no Fórum Social Mundial 2013

Continuam as atividades auto organizadas no Fórum Social Mundial 2013, na Tunísia. 

Os mecanismos de mercado com seus investimentos no chamado capital natural fazem parte da discussão crítica em várias atividades. Em relação à "economia verde", os debates giram em torno às enormes quantidades de dinheiro de especulação financeira, que buscam novas oportunidades de negócios e de lucro na natureza. Estão se formando mercados que incentivam e recompensam os serviços prestados pela biodiversidade e pelos ecossistemas. Para serem eficazes, esses mercados necessitam de infraestrutura institucional e de investimentos.

Se tratam de Mercados inventados, como o de comércio de carbono. Os chamados mercados de créditos de carbono se baseiam na ideia de que as reduções de emissões de gases, em particular o dióxido de carbono, podem se converter em mercadorias, e que é possível estabelecer um preço para elas. Essa mercadoria pode ser comprada ou vendida, criando-se assim um mercado artificial a partir da obrigação dos países de reduzirem suas emissões.

A mercantilização financeirização da natureza significa não só o crescimento da especulação, mas em termos mais gerais, o aumento do papel do mercado financeiro, dos atores financeiro e de instituições, na economia e na política econômica.

O comércio de emissões é na realidade um sistema que cria um mercado artificial, a partir  de uma mercadoria fictícia. Na realidade o que se quer é baratear os custos das empresas e dos governos deveriam ter para cumprir com os objetivos de redução de emissões. 

Por outro lado, o que esse mercado artificial realmente busca é se apropriar da biomassa, alimentando a criação de novas alianças de poder empresarial. Os principais atores incluem as grandes empresas de energia (Exxon, BP, Chevron, Shell, Total), as grades farmacêuticas (Roche, Merick), as grades empresas agroindustriais (Monsanto, Gargil, Unilever, DuPnt, Bunge, Procter &Gamble), as principais companhias químicas (Dow, Dupont, BASF), assim como o setor militar (EUA).





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