quarta-feira, 27 de março de 2013

Iniciaram as atividades do Fórum Social Mundial 2013

Nesta quarta feira dia 27 de março, deram início as mais de 1500 atividades auto gestionadas do Fórum Social Mundial (FSM) 2013, em Túnis. São variadas as formas com as quais os movimentos, organizações e redes que participam do fórum.  A metodologia é participativa desde os primeiros fóruns.

Além dos movimentos populares do Oriente Médio,  temas como a dignidade humana, o capitalismo, soberania alimentar, mineração, soberania dos povos, futuro dos movimentos sociais,mudanças climáticas,  fazem parte das discussões. A maior parte das atividades é organizada pelos próprios participantes, através de oficinas, painéis, seminários, conferencias,  ligados aos eixos temáticos do Fórum. Assembleias de Convergência no final são auto-organizadas e podem ser muitas. 

Neste fórum são 11 os eixos temáticos
1. Aprofundamento dos processos revolucionários e de descolonização no sul e no norte;
2. Por um mundo sem hegemonias e dominações imperialistas;
3. Pela construção de novos universalismos;
4. Por uma sociedade humana fundada nos princípios e valores da dignidade, diversidade, justiça e igualdade entre todos os seres humanos;
5. Pela liberdade de circulação e estabelecimento de todos e todas;
6. Por justiça cognitiva;
7. Pela construção de processos democráticos de integração e de união dos povos;
8. Por um mundo em paz em que não exista a guerra como instrumento de dominação econômica, política e cultural;
9. Por um mundo democrático;
10. Pela construção de alternativas ao capitalismo e à globalização neoliberal;
11. O futuro do Fórum Social Mundial.

A mudança que vive a região do Magreb / Makrech, é um dos principais desafios dessa edição. O fato do FSM 2013 se realizar em Túnis,  reforça a luta tunisina e regional a favor de um país e de uma região mais igualitária. O FSM é sempre um espaço de sinergia entre o global e o regional. Os fóruns se tornam assim um passo a mais no caminho de todos os que aspiram por "outro mundo possível”. Especialmente na busca de novas formas e novas proposições e articulações, para enfrentar os enormes desafios que a humanidade confronta hoje.

Destaque, hoje, foi a conferencia sobre: Zonas de mineração, movimentos sociais e resistências sociais frente a injustiça, aos crimes sócio ambientais das empresas das indústrias extrativas. Dentre outros expositores estava na mesa o Padre Dário, da campanha Justiça nos Trilhos, formada por uma coalizão de organizações e movimentos, que atua nos estados do Maranhão e Pará, no Brasil. A Campanha “Justiça nos Trilhos” iniciou-se ao final de
2007, por iniciativa dos Missionários Combonianos (congregação da Igreja Católica) que atuam em diversas regiões do Estado do Maranhão e contou com a rápida adesão de outros grupos e organizações, que hoje compõem a sua coordenação executiva e/ou a sua rede de ação. Justiça nos Trilhos tem por objetivo: a) Avaliar o impacto real das atividades da Companhia Vale do Rio Doce (Vale) ao longo da denominada área de influência da Estrada de Ferro Carajás; b) Propor o debate sobre a construção de mecanismos que possibilitem a internalização de recursos da Vale, de forma a alavancar o desenvolvimento sustentado das comunidades que vivem na área de influência da EFC.




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