domingo, 22 de abril de 2018

Planeta Terra, Casa Comum, Comunidades de Vidas, Biodiversidade, Sócio-biodiversidade.

Dia da Terra é dia de celebrar a diversidade  e de se comprometer com o sistema vida, de nosso planeta. Cuidar da integridade desse nosso planeta é cuidar da diversidade sociocultural e dos fluxos que sustentam a comunidade de vida do planeta. Isso implica processos de complementaridade e de solidariedade, de afirmação do pluralismo cultural, de diversidade de vidas, de descolonização, de superação do antropocentrismo e do patriarcalismo.  Inclui opor-se de forma criativa à transformação do planeta em mercadoria, que transforma em commodities os bens comuns da Terra e da Humanidade.  Para isso é necessário superar a mercantilização da natureza. A economia deve estar sujeita aos processos e dinâmicas de funcionamento dos sistemas naturais.

Neste dia da Terra denunciamos a injusta prisão do Padre Amaro, que é fruto de articulação de latifundiários, que querem de todas as formas impedirem as lutas pelos direitos dos povo e da natureza. No Pará, a verdadeira luta do Padre Amaro é dar continuidade às lutas da Irmã Dorothy, mulheres e homens que lutam pela terra, pela perservação das florestas e às águas da Amazônia. PELA LIBERTAÇÃO DO PADRE AMARO.

Hoje, para nossa reflexão cabe citar ,da  Encíclica Laudato Si’, um trecho em que o Papa Francisco partindo do  Compêndio da Doutrina Social da Igreja, nos alerta:

“… sempre se deve recordar que «a protecção ambiental não pode ser assegurada somente com base no cálculo financeiro de custos e benefícios. O ambiente é um dos bens que os mecanismos de mercado não estão aptos a defender ou a promover adequadamente». Mais uma vez repito que convém evitar uma concepção mágica do mercado, que tende a pensar que os problemas se resolvem apenas com o crescimento dos lucros das empresas ou dos indivíduos. Será realista esperar que quem está obcecado com a maximização dos lucros se detenha a considerar os efeitos ambientais que deixará às próximas gerações? Dentro do esquema do ganho não há lugar para pensar nos ritmos da natureza, nos seus tempos de degradação e regeneração, e na complexidade dos ecossistemas que podem ser gravemente alterados pela intervenção humana. Além disso, quando se fala de biodiversidade, no máximo pensa-se nela como um reservatório de recursos económicos que poderia ser explorado, mas não se considera seriamente o valor real das coisas, o seu significado para as pessoas e as culturas, os interesses e as necessidades dos pobres.” (LS190)

Neste Dia da Terra saudamos todos e todas que fazem partes das resistências e lutas que se travam nos territórios contra a expansão da exploração e entrega ao capital dos bens naturais, a desregulamentação e flexibilização das licenças ambientais, o desmantelamento dos direito e defendem a democracia que está sob ataque.
Frei Rodrigo Péret, ofm

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